O xadrez e a educação

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Há diversos projetos que mostram que o desempenho de alunos praticantes do xadrez em comparação aos não praticantes é superior. Entretanto, nos perguntamos: há alunos que não praticam xadrez com resultados semelhantes? 

A resposta é positiva, porém todos os enxadristas apresentaram desempenho superior à média. E é aí que mostramos que o xadrez funciona como ferramenta pedagógica de notável valor nas escolas. É um facilitador da aprendizagem quando exercita o raciocínio, a imaginação, a criatividade, a atenção e a concentração dos alunos. 

A Tabela 1 apresenta a relação entre os benefícios do xadrez perante os aspectos educacionais.

Tabela 1 – Relação entre o xadrez e suas implicações nos aspectos educacionais
Características do xadrez
Implicações nos aspectos educacionais
Concentração
Desenvolvimento do autocontrole psicofísico

Fornecer um número de movimentos num determinado tempo
Avaliação da hierarquia do problema e a locação do tempo disponível

Movimentar peças após exaustiva análise de lances seguintes
Desenvolvimento da capacidade para pensamento abrangente e profundo

Encontrado um lance, a procura de outro melhor

Empenho no progresso contínuo
Direcionar a uma conclusão brilhante uma posição aparentemente sem possibilidades

Criatividade e imaginação
O resultado indica quem tinha o melhor plano

Respeito à opinião do interlocutor
Entre várias possibilidades, escolher uma única, sem ajuda externa

Capacidade para o processo de tomar decisões com autonomia
Um movimento deve ser consequência lógica do anterior antevendo o seguinte
Capacidade para o pensamento e execução lógicos, auto consistência e fluidez de raciocínio


De acordo com a Tabela 1, a atividade enxadrística realizada no contexto educacional permite trabalhar a melhoria da autoestima dos estudantes e é acessível aos estudantes, mesmo os que apresentem dificuldades ou defasagem de aprendizagem em disciplinas curriculares, podendo servir também como elemento motivador para a superação das mesmas.

Segundo Zatz et al. (2006), “os jogos de sociedade, ou jogos de tabuleiro, estimulam o raciocínio, a linguagem, a coordenação motora, a imaginação, a criatividade, a concentração e a socialização”.

Quando se praticam jogos de grupo a experiência se engrandece já que a sociabilidade é agregada à vida da criança, surgindo assim os primeiros sentimentos morais e a consciência de grupo. Quando a criança joga compromete toda sua personalidade, não o faz para passar o tempo. 

Podemos dizer, sem dúvida, que o jogo é o “trabalho” da infância ao qual a criança dedica-se com prazer. Pode-se perceber através do que foi exposto o valor educativo que a prática lúdica do xadrez possui. (GRILO, 2012)


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